POLYPODIACEAE

Zygophlebia longipilosa (C.Chr.) L.E.Bishop

LC

EOO:

385.503,959 Km2

AOO:

60,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Labiak; Hirai, 2012).Os registros botânicos indicam que a espécie ocorre em altitude entre 700 m (Sehnem, 7964, PACA) e 1900 m (Condack, 290, RB), embora Bishop (1989) considere sua distribuição entre 800 m e 1200 m.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie amplamente distribuída encontrada emdiferentes fisionomias da Mata Atlântica. Apesar de ocorrer em regiões comintensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em algumas unidades deconservação. Devido ao grande número de coletas, o que é incomum para essa família de petridófital,suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie éconsiderada como menos preocupante em relação ao risco de extinção (LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Salino; Almeida; Viana, 2009)Floresta ombrófila mista (CNCFlora, 2012)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie é epífita, ocorre tanto no interior como na borda de florestas montanhas, sendo que no Parque Nacional do Itatiaia foi encontrada em área de transição para campos de altitudes (Condack, 2006).A espécie parece ser bastante rara devido ao pouco material botânico encontrado (Labiak; Prado, 2005).Ao Sul do Brasil a espécie foi encontrada em floresta ombrófila mista (CNCFlora, 2012)

Ameaças (6):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff e Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600ha), 2004 (600ha) e 2007 (800ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
As atividades humanas são as que mais ameaçam a conservação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. No local ocorre a extração de espécies madeireiras (cedro e canela) e árvores de sub-bosque como o palmito. No entanto, a maior ameaça para a região é o crescimento urbano e a construção de condomínios sobre a floresta nativa e escarpas de montanhas (Miller et al. 2006)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
6.1 Atmospheric pollution
Partes da Serra do Mar de São Paulo encontram-se vegetação alterada por conta da poluição oriunda do município de Cubatão, localizado no sopé da serra. Em especial, as áreas mais afetadas são o vale do Rio Mogi, junto a vila de Paranapiacaba e os Parques Represa Billings, Parque Miami e Jardim Riviera (PMSA, 2008)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ, a vertente Norte esta fortemente ameaçado a incidência de incêndios, uma vez que as correntes de vento úmidas ficam retidas na vertente Sul. A estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola e queda de balões. Em 2004, um incêndio iniciado fora da área do parque provocou a queima de 250 ha. Em 8 anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 há nas áreas do Parque e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.4 Livestock
A criação de gado é uma ameaça a biodiversidade no sul do Brasil. O pastejo excessivo resulta em diminuição na cobertura do solo e em riscos de erosão, além de substituição de espécies forrageiras produtivas por espécies que são menos produtivas e de menor qualidade, ou até mesmo na perda completa das boas espécies forrageiras. Em 1996, 7 milhões ha na região sul do Brasil eram utilizados com pastagens cultivadas, principalmente com espécies não-nativas (Overbeck et al. 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
No estadodo Rio Grande do Sul, o domínio da Mata Atlântica ocupava, originalmente, cercade 13 milhões de hectares (50% da superfície do Estado), tendo atualmenteremanescentes de mata e restinga que atingem apenas 600.000 hectares,aproximadamente, 5% da cobertura original (SPG/RS, 2008)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Em perigo, lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: Estação Biológica Alto da Serra de Paranapiacaba, SP (Labiak; Prado, 2005), Parque Nacional do Itatiaia, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ e RPPN Caminho das Pedras, BA (CNCFlora, 2011)